Incentivo da Rô - Paula Boque

É com muit orgulho que hoje vocês vão conhecer um pouco mais da Historia de Paula Boque (mais conhecida no IG como @projetopaulinhafit), com certeza todos vocês vão gostar. Eu conheci ela através do IG, e sempre estava lá bisbilhotando o IG dela que é fantástico, ela é uma das meninas que conheci lá que vou levar pra sempre no coração!

Muito prazer! Me chamo Paula, tenho 25 anos, sou Gaúcha de Torres e moro há 16 anos em Primavera do Leste MT. Sou casada com o Caio, com quem divido a minha vida e dedico meu tempo cuidando da nossa casa e da nossa filhota de quatro patas a Milonga.

 Minha relação com a comida e com a culinária começou muito cedo, lembro que com cerca de 8 anos já ia para o fogão preparar “comidas” pra mim. Sou ansiosa desde criança, e acredito que desde essa época, usei a comida pra preencher algum vazio, algo que não ia bem comigo e eu não sabia identificar. E a partir daí, minha auto estima nunca mais foi a mesma.

 Eu não me sentia bem em nenhuma roupa. Quando ia à praia ou a algum lugar que tivesse piscina, se tivesse que usar biquíni, dava logo um jeito de me esconder rapidinho. Para piorar as coisas era sedentária, detestava fazer educação física e sempre arrumava uma desculpa ou outra pra faltar. A única coisa que eu amava, e amo até hoje, era dançar. Não lembro ao certo quando comecei a fazer dietas, a preocupação com o peso vem desde muito nova, mas acredito que foi lá pelos 15 anos que comecei minha luta incansável contra a balança. Amava comer e comia muito! Mas à medida que ia engordando, colocava em prática todos os tipos de dieta que se possa imaginar.

Ao longo desses dez anos de efeito sanfona, minha vida pode ser resumida assim: Comer muito e engordar - Me desesperar com meu peso e ficar triste - Tomar algum remédio pra emagrecer ou fazer uma dieta da moda – Emagrecer horrores, me sentir linda, eufórica e dizer que nunca mais voltaria a engordar - Arrumar um namorado e relaxar – Comer muito e engordar – Ficar solteira e repetir tudo, umas oitenta vezes. Ta bem, não namorei tanto assim, mas a simpatia me ajudava e mesmo gordinha eu não era de se jogar fora hahaha Mas essa era a minha lógica, eu não emagrecia pra ficar magra e saudável. Tinha formatura? Um mês antes eu fazia uma loucura, emagrecia horrores, ia pra formatura linda e depois voltava a engordar tudo de novo. Tinha casamento? Férias? Carnaval? A mesma coisa! E todo esse tempo me sentindo infeliz com essa situação. Sem sombra de dúvidas essa minha auto estima arrastando no chão, fez com que todos os meus relacionamentos - que começavam como história de novela - terminassem. Eu era a melhor companheira do mundo quando me sentia bem comigo, mas era só começar a engordar que o mundo desabava e consequentemente o relacionamento também. Por inúmeras vezes eu chorei! Só a minha mãe e a minha melhor amiga, que sempre estiveram ao meu lado me dando apoio, sabem o quanto eu sofria por estar acima do peso. Quantas vezes eu disse pra elas “Não consigo entender, a minha felicidade SÓ DEPENDE DE MIM e eu não sou capaz de alcançar”.

Tomei todos os remédios que vocês podem imaginar, fiz todas as dietas que existem: Dieta da sopa, da USP– que de USP não tem nada, líquida, atkins, dukan, comida congelada, idas sem fim a Nutricionistas, Endócrinos, Médicos não sei do quê, benzedeira, simpatia e etc. Perdi as contas de quantas academias frequentei, tratamentos estéticos, injeções que queimavam gordura e tudo que já me propus a fazer. Pra falar a verdade, eu não queria emagrecer, eu queria SER EMAGRECIDA. Queria que tudo isso fizesse com que eu ficasse como eu sempre sonhei, mas sem esforço. Muita coisa teria sido válida se eu tivesse a consciência que tenho hoje.
 Dez anos da minha vida foram vividos assim, e a cada ano que passava, mais eu engordava e menos eu emagrecia. Deixei de aproveitar muitos momentos em razão da minha forma física. Ou por que “não tinha roupa pra ir” ou por que tive que ir escondida debaixo de roupa preta e larga, porque jamais usava roupa colada. E os pensamentos de tristeza e inveja perante a outras mulheres magras e lindas, não me deixavam curtir. Não é atoa que usar uma simples blusa branca com calça jeans, tinha passado de algo normal para o patamar de sonho. Tenho 1,65 de altura e não lembro com precisão, mas dos 15 aos 17 anos meu peso oscilou entre 60 kg e 65 kg, dos 18 aos 20 variava entre 67 e 70 kg e agora começa a parte “cruel” do meu peso...
 Quando conheci meu marido em 2010 eu pesava uns 70 kg, começamos a namorar, e obviamente, percorri o mesmo caminho engordativo que nos outros namoros. No final do ano de 2012, estávamos de viagem marcada para conhecer a família dele lá no Sul, claro que fiz aqueeela dieta de emergência. Foi então que encontrei a solução para todos os meus problemas, como eu não havia pensado nisso antes?! Percebí que uma lipo seria a salvação para todo o mal que me afligia. Pra todas as pessoas eu dizia: "Ah, depois da lipo eu emagreço fácil, é só a barriga que me atrapalha". Minha mãe tem um amigo que é Cirurgião Plástico em Porto Alegre, e eu aproveitei que estava indo para o RS, e fui na maior esperança, ansiosa pra me consultar. Cheguei na clínica super feliz, afinal depois daquele dia todo o meu sofrimento teria fim e tudo que me fazia mal estava prestes a ficar no passado. Mas o Doutor olhou pra mim e carinhosamente disse: - “Minha querida... teu caso não é para lipo. Tu precisa emagrecer!”. Eu saí de lá arrasada, aquelas palavras, ainda que carinhosas, me doeram tanto quanto se eu tivesse passado pela lipoaspiração sem anestesia, só que era pior, eu ainda estava gorda. Viajei em silêncio sem trocar uma palavra com o Caio por 1h. Como assim não era caso para lipo?! É inacreditável, mas apesar de passar tanto tempo nessa luta com a balança, eu não aceitava que eu era gorda! Não me achava gorda, achava que era um pouco acima do peso, mais “cheinha” como dizem...

Vendo minhas fotos antigas, percebo o quanto minha imagem corporal era distorcida, eu realmente não tinha ideia que era daquele tamanho. Quando ia provar roupas, escolhia aquela que era pequena pra mim, e tinha certeza que ia servir (mas nunca servia). Quando me via nas fotos, eu achava que tinha ficado mal na foto, e não que eu estava tão gorda. Engraçado isso né? Eu não me enxergava! Graças a Deus eu tenho muita sorte na vida, se ao invés de um amigo da minha mãe fosse qualquer outro médico, poderia analisar a situação só pelo lado financeiro e não iria titubear em me fazer a lipo. Eu estaria lipada, mais pobre, e ainda frustrada! Depois dessa consulta, a ansiedade tomou conta de mim e consegui a façanha de engordar 7 kg em vinte dias. Foi nesse período que alcancei o peso máximo: 79 kg! Naquelas férias, passei o tempo todo bebendo e comendo, foi só o que fiz. E claro, cada dia mais insegura, mais triste e mais descontente comigo.

Voltamos de viagem e fui até junho nesse descontrole corporal e emocional. Nesse mês comecei uma “reeducação alimentar”. Reeducação entre aspas porque eu ainda não tinha a consciência de mudança de vida que uma reeducação alimentar de verdade traz. Eu praticava exercícios e me alimentava corretamente, mas só de segunda a sexta, oras no final de semana eu tinha que comer e beber. Não mudei nem a metade do que realmente tinha que mudar, eu ainda pensava apenas em emagrecer. No final de agosto, descobri que eu estava grávida, foi uma felicidade sem tamanho, queríamos muito um filho. Eu tinha uma certa consciência que precisava me cuidar na gravidez, não bebia refrigerante nem comia frituras mas parei de me exercitar e engordei um pouco. Foi uma gravidez anembrionada, fiquei dois meses sentindo todos os sintomas de uma gravidez comum, porém, sem embrião. Hoje vejo o quanto Deus foi bom comigo, certamente estaria obesa, com um filho recém nascido nos braços e sentindo tudo aquilo que eu sentia por estar gorda, de forma muito mais intensa. Agora vejo o quanto estou preparada para ter uma gravidez saudável, e educar meus filhos da mesma forma, sem ser radical ou permissiva, mas sim equilibrada! A tempestade passou, e de novo estava perto da viagem de fim de ano. Como em todos os outros anos, enfrentei uma dieta de emergência e fui viajar com 70 kg. Eu já estava um pouco mais consciente da minha ansiedade, portanto nas férias fiz caminhadas e consegui não engordar tanto, dessa vez voltei pra casa com 73 kg.

Nos primeiros dias do ano, eu ainda estava em ritmo de férias. Mas no dia 10/01 eu tomei a decisão, a decisão que teve o condão de mudar a minha vida de uma forma tão intensa e positiva, que na época, eu nunca poderia imaginar! Foi o dia em que eu decidi deixar pra trás aquela Paula gorda e triste.
 O dia em que me dei conta de que somente eu poderia fazer por mim aquilo que eu mais queria no momento: emagrecer. E digo mais, emagrecer de vez, de uma vez por todas, para sempre, com saúde e sem sacrifício, pra que eu pudesse me manter assim. No dia 10 de janeiro de 2013 eu resolvi acreditar em mim. Eu me dei uma chance, e ao mesmo tempo me desafiei, depois de viver 24 anos dentro de um corpo que não me agradava eu optei por me dar o direito de mudar. Mesmo sem saber se eu conseguiria comecei minha reeducação alimentar e no dia 15 criei minha conta no Instagram. A princípio, a conta era somente para não postar minhas refeições no meu perfil pessoal, eu não seguia ninguém da minha cidade porque era pra ser uma dieta escondida, não queria que ninguém ficasse sabendo que eu estava tentando emagrecer, caso eu fracassasse (novamente). E a partir daí, tudo mudou. Nunca mais fui a mesma Paula. É muita coisa pra contar, muitas mudanças físicas e mentais e uma gama de conselhos pra dar a vocês! Ao longo dessa minha jornada, que está longe de acabar, encontrei muitas pessoas que me ajudaram a chegar onde estou, seja trocando receitas, seja dando uma palavra de ânimo, ainda que sem me conhecer. E eu serei eternamente grata, nunca vou esquecer da diferença que fizeram em minha vida!

 Com carinho, Paula.

Se vocês quiserem conhecer mais essa pessoa linda por dentro e por fora, passem no blog dela, ela tem receitas e dicas incríveis www.projetopaulinhafit.com

Obrigada Paulinha por dividir com a gente sua História!

Rô.


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